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Aprendizagem Baseada em Serviços

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Finalidade PedagógicaAnálise de problemas e contextoAvaliação de ideias e resultadosGeração e seleção de ideias
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Participantes1 - 10
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Tempo -
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ModalidadeSíncronaAssíncrona
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FormatoPresencialOn-line
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FacilitadoresMínimo de 1

A prática educacional de Dojo, também conhecida como Coding Dojo, é um método colaborativo e hands-on de ensino de programação e desenvolvimento de software. Geralmente realizada em grupo, essa abordagem envolve desafios de codificação em que os participantes trabalham juntos para resolver problemas utilizando programação. O foco principal está na aprendizagem prática, na troca de conhecimento entre os participantes e na melhoria contínua das habilidades de programação. Os desafios podem variar em complexidade e escopo, abrangendo desde tarefas simples até projetos mais elaborados. O objetivo é promover o aprendizado ativo, a resolução criativa de problemas e a construção colaborativa de soluções, proporcionando um ambiente propício ao crescimento e à aquisição de competências na área de tecnologia.

Objetivos

O principal objetivo da Aprendizagem Baseada em Serviços é identificar oportunidades para aplicar conhecimentos técnicos em projetos de serviço comunitário e desenvolver habilidades profissionais e sociais através de interações práticas e colaborativas com a comunidade. Além disso, outros objetivos são:

a) promover a consciência social e a responsabilidade cívica entre os estudantes;

b) estabelecer parcerias produtivas entre instituições e organizações comunitárias;

c) aplicar teorias e conceitos aprendidos em sala de aula em cenários reais de trabalho;

d) fomentar o pensamento crítico e a resolução de problemas em contextos sociais e profissionais;

e) incentivar a reflexão sobre as experiências de serviço para integrar aprendizado acadêmico e desenvolvimento pessoal;

f) contribuir para o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade local por meio de serviços especializados;

g) aprimorar a colaboração interdisciplinar entre estudantes de diferentes áreas;

h) avaliar o impacto das atividades de serviço na comunidade e no próprio aprendizado dos estudantes.

Requisitos

Espaço

Ambientes que proporcionem experiências autênticas e relevantes para a área de estudo dos alunos. Locais seguros para estudantes e comunidade, considerando a acessibilidade para todos os envolvidos.

Tempo

Programas de ABS devem ter duração suficiente para permitir um envolvimento significativo e impacto tanto para os estudantes quanto para a comunidade. Pode ser importante permitir horários flexíveis para acomodar as necessidades dos estudantes e dos parceiros comunitários.

Participantes

Alunos motivados e dispostos a aprender através da prática. Organizações ou grupos comunitários que se beneficiem da colaboração e ofereçam oportunidades de aprendizado. Professores, profissionais ou mentores com experiência na área e na mediação de projetos.

Temática

Projetos que estejam alinhados com os objetivos de aprendizagem do curso e que envolvam atividades que atendam às demandas e aos desafios reais da comunidade. Pode abarcar uma variedade de temas que permitam a aplicação de diferentes competências e conhecimentos.

Mediação

Professores ou mentores que guiem, monitorem e ofereçam feedback aos estudantes. Sessões de reflexão para que os alunos analisem e compreendam suas experiências. Processos de avaliação que considerem tanto o aprendizado acadêmico quanto o impacto comunitário.

Materiais de suporte

Materiais educacionais que apoiem o aprendizado teórico e prático. Acesso a equipamentos necessários para a realização dos projetos de serviço. Recursos para facilitar a comunicação entre estudantes, educadores e parceiros comunitários.

 

Procedimentos

A Aprendizagem Baseada em Serviços (ABS) aplicada em contextos de educação profissional funciona integrando experiências práticas de serviço comunitário ao currículo educacional, visando enriquecer a aprendizagem e fortalecer as comunidades.

Integração curricular: a ABS deve ser cuidadosamente integrada ao currículo, assegurando que as atividades de serviço estejam alinhadas com os objetivos de aprendizagem do curso. Por exemplo, um curso de enfermagem pode incluir um componente de ABS em que os estudantes trabalham em clínicas comunitárias.
Identificação de parceiros comunitários: instituições educacionais estabelecem parcerias com organizações comunitárias, ONGs ou empresas locais. Esses parceiros identificam necessidades ou projetos nos quais os estudantes podem contribuir significativamente.
Planejamento e preparação: professores e alunos planejam as atividades de ABS, levando em consideração as necessidades da comunidade e os objetivos de aprendizagem. Os alunos recebem treinamento ou instruções prévias para se prepararem para as atividades de serviço.
Execução do serviço: os estudantes executam tarefas ou projetos que beneficiam a comunidade, aplicando habilidades e conhecimentos adquiridos em suas áreas de estudo. Por exemplo, estudantes de tecnologia da informação podem desenvolver sistemas de informação para organizações sem fins lucrativos.
Reflexão: após a execução do serviço, os estudantes participam de atividades de reflexão guiada em que discutem suas experiências, o que aprenderam e como isso se relaciona com sua educação profissional. A reflexão é uma parte essencial da ABS, pois transforma a experiência de serviço em aprendizado.
Avaliação e feedback: os professores avaliam os estudantes com base em seu desempenho nas atividades de serviço e na profundidade de sua reflexão. Também é importante obter feedback dos parceiros comunitários sobre a eficácia e o impacto do serviço prestado.

Aplicações

A Aprendizagem Baseada em Serviços (ABS) pode ser aplicada em uma variedade de contextos de educação profissional. Aqui estão algumas aplicações possíveis de ABS como prática pedagógica:

desenvolvimento de aplicações de software: estudantes de programação podem desenvolver aplicativos personalizado para organizações sem fins lucrativos ou empresas locais.

manutenção de redes e sistemas de TI: alunos podem prestar serviços de suporte técnico e manutenção de redes e sistemas de computadores para escolas ou pequenas empresas.

design gráfico e multimídia: estudantes de design gráfico podem criar materiais de marketing, logotipos ou vídeos promocionais para organizações locais.

assistência contábil: alunos de contabilidade podem oferecer serviços de consultoria contábil para pequenas empresas ou organizações comunitárias.

cuidados de saúde: estudantes de saúde podem fazer check-ups médicos gratuitos ou oferecer serviços de enfermagem em clínicas comunitárias.

construção e manutenção: alunos de construção civil podem participar de projetos de construção de moradias acessíveis para famílias carentes.

educação infantil e atividades lúdicas: estudantes de pedagogia podem criar e conduzir atividades educacionais para crianças em creches ou escolas locais.

marketing digital: alunos de marketing podem desenvolver estratégias de marketing on-line e gerenciamento de mídia social para pequenas empresas.

assistência social e comunitária: estudantes de assistência social podem trabalhar com organizações que auxiliam pessoas em situação de vulnerabilidade.

gestão de eventos: alunos de gestão de eventos podem planejar e coordenar eventos comunitários, como feiras, festivais ou campanhas de conscientização.

artes e cultura: estudantes de arte podem criar obras de arte públicas, murais ou instalações para embelezar áreas urbanas.

turismo e hospitalidade: alunos de turismo e hospitalidade podem organizar passeios turísticos ou eventos gastronômicos para promover a cultura local.

agricultura sustentável: estudantes de agricultura podem participar de projetos agrícolas sustentáveis em comunidades rurais.

tradução e interpretação: alunos de línguas estrangeiras podem oferecer serviços de tradução ou interpretação para imigrantes ou refugiados.

desenvolvimento de recursos humanos: estudantes de recursos humanos podem auxiliar na seleção e no treinamento de funcionários para organizações locais.

Exemplo

Uma professora de Educação Profissional na área de Tecnologia da Informação e Comunicação deseja usar a Aprendizagem Baseada em Serviços (ABS) com estudantes em sua sala de aula. Ela propõe então que a abordagem esteja vinculada ao Desenvolvimento de Aplicações Web.

Identificação de parceiros comunitários: o professor colabora com organizações sem fins lucrativos locais que desejam criar ou melhorar seus sites para promover suas causas ou serviços.

Planejamento e preparação: os estudantes são apresentados ao projeto e às necessidades específicas da organização parceira. Eles aprendem sobre as tecnologias de desenvolvimento web relevantes em sala de aula, incluindo linguagens de programação, frameworks, design de interface e gerenciamento de bancos de dados.

Execução do serviço: os estudantes trabalham em equipes para desenvolver ou aprimorar os sites das organizações parceiras. Eles aplicam seus conhecimentos de programação, web design e gerenciamento de projetos para criar sites funcionais e atraentes.

Reflexão e avaliação: após a conclusão do projeto, os estudantes participam de sessões de reflexão em sala de aula. Eles discutem os desafios encontrados, as soluções implementadas e como sua experiência prática se relacionou com o conteúdo do curso.

Avaliação e feedback: o professor avalia o desempenho dos estudantes com base na qualidade do trabalho realizado e na capacidade de aplicar conceitos aprendidos. A organização parceira fornece feedback sobre o site desenvolvido, avaliando sua utilidade e eficácia.

Os estudantes ganham experiência prática em desenvolvimento web, construindo seus portfólios e habilidades profissionais. A organização parceira obtém um site funcional e profissional que atende às suas necessidades. Com base no feedback e nas lições aprendidas, o programa de ABS é aprimorado para futuras turmas.

Dicas para formato on-line

A aplicação de Aprendizagem Baseada em Projetos em formato on-line tornou-se mais comum e algumas dicas podem otimizar a sua realização.

Ferramentas: use recursos tecnológicos adequados para comunicação, tais como Zoom, Microsoft Teams ou Google Meet. Todos permitem a criação de salas simultâneas em que diferentes grupos podem trabalhar, além de recursos como compartilhamento de tela, chat e gravação. Para o processo colaborativo, plataformas como Miro e Mural também ajudam na geração de ideias para o processo criativo, bem como na criação de mapas mentais e prototipagem. 

Preparação: importante que as ferramentas sejam testadas com antecedência e todos os participantes tenham acesso e sejam capacitados. Forneça uma agenda clara com links, tempos e expectativas para cada sessão, além de tutoriais e vídeos para que possam se preparar previamente. 

Processo: encoraje os participantes a escolherem um espaço de trabalho tranquilo. Também é muito importante estabelecer pausas regulares, uma vez que, em geral, em um ambiente virtual, é mais difícil manter o engajamento contínuo por longos períodos. É igualmente produtivo, logo no início, estabelecer regras claras. Por exemplo: como as pessoas devem indicar que querem falar?  O que elas devem fazer se precisarem sair rapidamente? Se a pessoa tiver problemas de conexão, como proceder? Entre outras questões particulares do ambiente virtual. 

Facilitação: em ambientes virtuais, o papel do facilitador é ainda mais crucial. É importante que seja engajado e capaz de manter a energia. Usar recursos como enquetes, quizes ou outras atividades interativas pode ajudar a sentir o clima de engajamento. Em processos virtuais, haver uma ou mais pessoas que possam apoiar a pessoa facilitadora pode ser bastante produtivo e trazer maior segurança. O formato virtual pode trazer surpresas como problemas técnicos, e as pessoas facilitadoras devem estar prontas para se adaptar, flexibilizar, oferecer soluções e alternativas.

Acompanhamento:  forneça aos participantes a oportunidade de feedback sobre como o processo está ocorrendo. Fazer check-ins rápidos no início e no final de cada dia pode trazer ótimos resultados para ajustes conforme necessário. 

Referências

Metodologias inov-ativas
por Andrea Filatro e Carolina Costa Cavalcanti

Metodologias ativas e personalizadas de aprendizagem
por Angelo Luiz Cortelazzo, Diane Andreia de Souza Fiala e outros

Service learning
por IDEAR PUC-RS

https://idear.pucrs.br/livro-service-learning

Aprendizagem em serviço: um manual para o ensino superior
Por Katharina Resch e Mariella Knapp

https://www.engagestudents.eu/wp-content/uploads/2021/12/IO3-Workbook-PT.pdf

Palavras-Chave

  • educação experiencial
  • engajamento comunitário
  • experiência prática
  • impacto social
  • integração teoria-prática
  • reflexão crítica
  • responsabilidade social
  • serviço social